Os cuidados ao suplementar ácido fólico durante a gravidez são essenciais para manter a saúde de mãe e filho!
Essa suplementação é altamente indicada para boa parte das mulheres desde o momento em que decidem engravidar. O objetivo é prevenir o fechamento prematuro do tubo neural, o que oferece riscos ao desenvolvimento neurológico do bebê..
Essa substância, por ser vendida na farmácia, muitas vezes é consumida sem prescrição.
As gestantes tomam porque a amiga usou e disse ser importante, ou porque em uma gestação anterior tiveram recomendação médica e acreditam continuar sendo necessário… entre outros fatores.
Por isso, resolvi abordar esse assunto de forma bem didática para que você entenda a importância da recomendação médica na suplementação.
Continue até o final do artigo e entenda todos os cuidados ao suplementar o ácido fólico durante a gravidez.
O que é ácido fólico?
O ácido fólico é uma vitamina do complexo B. Para exercer a sua função na prevenção dos problemas relacionados ao tubo neural do bebê, a recomendação é que a suplementação comece 3 meses antes da mulher engravidar.
Por isso, assim que o casal decide ter um filho, é preciso conversar com profissionais de saúde sobre a possibilidade e necessidade de suplementar o ácido fólico.
O seu médico precisa verificar quais são os níveis ideais de ácido fólico para você de acordo com a sua fisiologia. Já o nutricionista fica responsável por incluir o ácido fólico por meio da alimentação.
O ácido fólico é abundante nas folhas verdes escuras, como agrião e espinafre, e em grãos como feijão e lentilha. No entanto, dificilmente a gestante consegue consumir toda a quantidade necessária do ácido fólico.
Cabe à equipe que acompanha essa gestante optar pela suplementação do ácido fólico ou do metilfolato.
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Diferença entre ácido fólico e metilfolato
Muitas mulheres contam com mutação em uma enzima chamada “metilenotetrahidrofolato redutase”, ou simplesmente MTHFR para deixar mais fácil. O que você precisa saber é que esse é o nome da enzima responsável por converter o ácido fólico em folato.
O bebê precisa é do folato, e não do ácido fólico. Por isso, as mulheres com alteração nessa enzima não são capazes de fazer a conversão do ácido fólico para o folato e o bebê continua com os mesmos riscos de má formação.
Além disso, o excesso de ácido fólico pode oferecer prejuízos à própria mulher, como o desenvolvimento de trombose. Também existem casos de autismo em crianças devido ao erro nesse tipo de suplementação.
Por isso, suplementar apenas a dose recomendada pelos profissionais que acompanham a sua gestação é fundamental!
Por mais importante que seja o ácido fólico, jamais deve ser consumido de forma indiscriminada. Em primeiro lugar, para saber a dosagem certa. Em segundo, para saber se pode ser com o ácido fólico ou se é preciso usar o metilfolato. Converse sempre com seu médico e com seu nutricionista.
Eu espero que este artigo seja útil para alertar sobre os cuidados ao suplementar ácido fólico durante a gravidez.
Até breve,
Dra. Jéssica Trafani.